PATRIMÔNIO
Mosteiro de São Cristóvão de Lafões
O Convento de São Cristóvão de Lafões ou Real Mosteiro de São Cristóvão de Lafões fica situado num morro sobre o rio Baroso, perto da Gralheira, no concelho de São Pedro do Sul.
A fundação deste convento (calcula-se que em 1123) por D. João Pecular é seguida pela filiação na Ordem de São Bernardo de Cister. A fundação do mosteiro é anterior à fundação de Portugal, embora tenha sido totalmente reconstruído nos séculos XVII e XVIII.
O mosteiro, logo no início, teve como abade João Cirita.
A sua igreja, depois de ter sofrido dois incêndios, foi reconstruída pela terceira vez em 1704, apresentando um plano octogonal. A igreja foi sagrada em 1761.
O convento foi extinto por um decreto publicado pelo regime liberal, em 28 de Maio de 1834, juntamente com todas as ordens religiosas existentes em Portugal.
Actualmente este convento foi transformado em turismo de habitação, tendo para o efeito sido completamente recuperado. A igreja conventual, hoje ao serviço da paróquia, contem imagens e pinturas de qualidade, incluindo uma de Agostinho Masucci, célebre pintor romano de 1750. O refeitório azulejado, a escadaria monumental, a vetusta cozinha e outras dependências merecem uma visita.
Foi classificado como Monumento de interesse público (MIP) pelo IGESPAR em 14 de junho de 2010 e está rodeado por uma zona especial de protecção (ZEP).
Poço Azul
O Poço Azul fica situado na aldeia da Sobrosa, a 3km do centro da vila; este é um espaço rochoso com água corrente muito límpida, com pequenas quedas de água e uma lagoa bastante profunda que possibilita nadar a qual quando o sol incide torna as águas azuis. Encontra-se bem sinalizado e é de fácil acesso.
Igreja Matriz
Igreja do século XVIlI, construída por iniciativa do pároco reverendo Dr. José de Almeida Novais que com a sua morte impediu que a obra ficasse completa deixando uma das torres por erguer.
Só em 1811 é que foi concluída tal e qual como está, quando a paróquia fez uma representação ao príncipe D. João, Regente do Reino.
O Santo Padroeiro sempre foi e será o S. Mamede. Este é festejado a 17 de Agosto.
Solar dos Malafaias
“A família Malafaia instalou-se na região de São Pedro do Sul na segunda metade do século XVIII, edificando um solar na localidade de Santa Cruz da Trapa, situada a poucos quilómetros de São Pedro do Sul. O nome do arquitecto italiano Nicolau Nasoni tem vindo a ser ligado a este imóvel, atribuindo-se-lhe mesmo o seu traçado. Contudo, esta aproximação, tal como a de muitas outras obras nos arredores do Porto, é apenas estilística, não existindo documentos que o comprovem (FERREIRA-ALVES, 1989, p. 310). No caso do solar de Santa Cruz da Trapa tão pouco deixa de ser uma hipótese, que tem por base o apelido da família da segunda mulher de Nasoni, Antónia Mascarenhas de Malafaia. Por outro lado, e muito embora o arquitecto tenha falecido em 1773, ou seja, pouco depois da suposta edificação do imóvel, alguns autores (MOURO, 1996, p. 187) têm chamado a atenção para as semelhanças entre este imóvel e a casa da Quinta do Chantre, em Matosinhos, igualmente atribuída a Nasoni, situação que não nos parece tão óbvia.
O Solar dos Malafaias, de planta rectangular, forma um volume compacto, apenas animado pelas molduras dos diversos vãos que se abrem nas fachadas. Exemplifica de forma muito clara a tendência da arquitectura civil no nosso país, durante o período barroco, que se pautou pela horizontalidade dos volumes, pelo ritmo dos vãos e não por um desenvolvimento em profundidade com diversos planos. A importância dos seus proprietários é assinalada pela presença de um brasão sobre o portal principal, tal como se observa em Santa Cruz das Trapas, onde a pedra de armas da família Malafaia coroa a entrada. Esta é ladeada por duas janelas e, no segundo registo, encontram-se várias outras, de molduras trabalhadas, com lintel contracurvado e avental recortado.
O interior estruturava-se em função da cenográfica escadaria de ligação ao andar nobre.
Não se sabe ao certo porque razão o solar foi abandonado, já no século XX, mas a verdade é que esta conjuntura acabou por desencadear uma situação de degradação do imóvel, e as tentativas de reconstrução do mesmo, sob projecto do arquitecto Sérgio Infante, anunciadas em 1996, não foram ainda concretizadas (MOURO, 1996, p. 189).
(Rosário Carvalho)”
Casa Alice Félix (colónia de férias)
Situada à entrada de Santa Cruz da Trapa quando aqui se chega vindo de S. Pedro do Sul, a “Casa Alice Félix” foi construída por impulso do grande dinamizador desta terra, Joaquim Ferreira de Almeida Sobrinho.
Conseguido o necessário apoio financeiro junto da Benemérita que lhe deu o nome – Alice Mendes Duarte Félix – iniciou-se a obra com o objetivo de proporcionar aos idosos desta região um lugar onde poderiam terminar os seus dias com o bem- estar e conforto que a vida não lhes proporcionou.
Inaugurada em 15 de março de 1951, cerca de três anos após um trágico acidente ter ceifado a vida do seu impulsionador, não foi, porém, o destino por ele desejado que veio a concretizar-se.
As autoridades de então não eram sensíveis a objetivos tão filantrópicos e debatiam-se com um grave problema de saúde pública – a tuberculose.
Centenas de doentes encontravam-se internados em sanatórios ou eram portadores da doença infecto-contagiosa e havia que cuidar dos filhos destes. A idade mínima para internamento era de quatro anos, podendo permanecer até aos catorze, chegando a ali permanecer quarenta crianças de ambos os sexos e que aí frequentavam o ensino primário obrigatório.
Neste contexto, o Estado aceitou o legado com este objetivo por ele proposto, desvirtuando o fim desejado pelo dinamizador da obra.
Centro Cultural Casa do Povo
O Centro Centro Cultural Casa do Povo foi inaugurado a 16 de Agosto de 2014. Este espaço é composto por uma Galeria, um Auditório e pela Biblioteca César Rodrigues.
Biblioteca César Rodrigues
A Biblioteca tem como nome “Biblioteca César Rodrigues” devido ao espólio literário que possui, este foi doado pelo Santacruzense Luís César que tinha em suas posses o espólio literário do seu avô César Rodrigues.
Conta com quase dois milhares de livros de todas as áreas e de diferentes épocas (o mais antigo data do ano de 1741).
Qualquer pessoa pode requisitar um livro.
Auditório
Com capacidade para 90 pessoas sentadas, um camarim, régie e todos os elementos necessários para receber diversas actividades, como cinema, peças de teatro, colóquios…
Galeria
A Galeria é um espaço aberto às pessoas que pertendam expor os seus trabalhos.
Outros locais a explorar/visitar:
– Capela de Santa Luzia (Lourosa);
– Capela de Santa Susana (Landeira);
– Capela de S. José (Dianteiro);
– Capela da Senhora da Expectação (Sobrosa);
– Capela de São Sebastião (Trapa);
– Capela do São Bento (Chousas);
– Capela do São Bernardo (Paredes);
– Capela do São Miguel (Gralheira);
– Capela do Santo António (Vilarinho);
– Capela da Senhora da Boa Morte (São Cristóvão de Lafões);
– Pelourinho (Trapa);
– Quinta do Gralheiro (Lourosa);
– Armas Reais e Aqueduto (São Cristóvão de Lafões);
– Antiga cadeia;
– Ponte sobre o rio Teixeira;
– Calçada Romana das Vendas;
– Monte da Senhora da Boa Morte;
– Serra da Gralheira;
– Rio Baroso;
– Ribeira da Landeira – poço Teixeira;
– Cruzeiro do Jardim do Calvário;
– Cabeço das Mouras;